Passar música

‘Passar música’ é uma arte que o Jorge VAz Dias domina com perfeição. Desde o aquecimento do ambiente, momento em que as pessoas estão entretidas nas conversas em pequenos grupos, até o ápice onde os corpos conversam na pista de dança, num contágio mútuo, levados pela energia incrível do Jorge.

Um obrigada gigante ao @djcut_s por essa noite e pela generosidade em se deixar fotografar. E ao @osfilipesbar, por ser espaço de materialização dessa força coletiva.

FOTOGRAFAR PALAVRAS # 5214

Hoje, na publicação # 5214 do FOTOGRAFAR PALAVRAS, uma cumplicidade bonita com a Ana Sofia Elias.

Catavento de papel para apanhadoras de tulipas nova-iorquinas

Os buses vermelhos na nuca crespa dos arvoredos carapinhudos

Onde os deuses dão umbigadas aos marsupiaizinhos.

Musseques e mussiros.


Paper pinwheel for New York tulip catchers

Red buses on the curly nape of the bushy treetops

Where gods bump bellies with tiny marsupials.

Musseques and mussiros.

Fotografar Palavras, coletivo artístico, criado pelo Paulo Kellerman, que amplifica talentos, promove encontros e parcerias. E, principalmente, alimenta afetos. Diariamente, desde 2016.

8 anos de sutilezas…

Neste momento, há pouco o que celebrar no mundo. São tempos sombrios que lançam múltiplos reflexos distorcidos e angustiantes.

Contudo, a vida pequena, cotidiana, continua e é preciso que seja assim. Pequenas joias aindas são lapidadas nas relações humanas. Rastros de luz ainda penetram pelas fissuras e emocionam ao revelarem a beleza que persiste.

Já são oito anos deste espaço do blog. Por aqui passaram várias vidas, vários olhares, (anônimos ou nem tanto), várias de mim.

O meu espanto é sempre enorme ao constatar que ainda há pessoas que param o tempo e se dispõem a olhar, ver e sentir. E isso faz valer a pena.

O meu obrigada e o meu sorriso.

“O que vemos, o que nos olha.”

Georges Didi-Huberman

At this moment, there is little to celebrate in the world. These are dark times, casting multiple distorted and distressing reflections.

And yet, ordinary, everyday life goes on, and it must. Small gems are still being polished in human relationships. Traces of light still slip through the cracks and move us, revealing the beauty that endures.

It has now been eight years since this blog space began. Many lives have passed through here, many gazes (anonymous or not so anonymous), many versions of myself.

I’m always deeply moved to realize that there are still people who pause time and choose to look, to see, to feel. And that makes it all worthwhile.

My thanks and my smile.

“What we see, what looks back at us.”

Georges Didi-Huberman

Zélia Évora

Acompanho o trabalho da Zélia Évora há alguns anos. Tenho o seu livro de poemas e fotos e chegamos a brincar juntas quando ela inventou um caderno viajante.
Na segunda-feira, fui visitá-la e foi um enorme prazer conhecer seu espaço, tão inspirador quanto ela. Novamente, brincamos juntas. Desta vez, entre conversas, sorrisos, fotografias e com a materialidade dos abraços.
Obrigada!

Nem Marias Nem Manéis

No domingo, 1 de junho de 2025, no @mimomuseu, aconteceu a apresentação do livro “Para onde vai o tempo? Olhares de diferentes geografias”, organizado pela Patrícia Grilo e pelo Paulo Kellerman e editado pela EAPN Portugal / Rede Europeia Anti-Pobreza, Núcleo Distrital de Leiria com o apoio da Câmara Municipal de Leiria.

Além da beleza do livro e do (re)encontro entre os participantes e o público, tive o prazer de assistir a uma potente (ainda que breve) performance da Companhia Teatral Nem Marias Nem Manéis. Ficou a vontade de ver mais.

Deixo aqui um pouco das conversas, dos risos e dos afetos (nos bastidores), coagulados em fotografias.
Obrigada por esses momentos.

Para onde vai o tempo?

Paulo Kellerman e Patrícia Grilo

O livro “Para onde vai o tempo? Relatos e ficções à volta de contextos de vulnerabilidade”, foi publicado em 2020 pela EAPN Portugal / Rede Europeia Anti-Pobreza, Núcleo Distrital de Leiria, e conta histórias sobre as histórias que são contadas em primeira pessoa.

Aos relatos pessoais escritos por Alice, Beatriz e Jorge, integrantes do Conselho Local de Cidadãos do Núcleo Distrital de Leiria da (EAPN Portugal), juntaram-se as narrativas construídas por escritores, jornalistas, ilustradores e por mim. Numa espécie de costura teórica, escrevi um ensaio sobre o processo de ‘ficcionar-se’, isto é, de construir narrativas no presente sobre a história pessoal, ou sobre algum recorte específico dessa história.

Publicado em 2025 e apresentado no dia 1 de junho, no m|i|mo, em Leiria, o livro “Para onde vai o tempo? Olhares de diferentes geografias” parte dos relatos originais e traz narrativas fotográficas de 48 fotógrafos de 17 nacionalidades associados ao projeto Fotografar Palavras.

O livro é organizado pela Patrícia Grilo e pelo Paulo Kellerman e editado pela EAPN com o apoio da Câmara Municipal de Leiria.

É uma alegria e um privilégio fazer parte também do segundo livro, agora como fotógrafa, e de ter estado presente no lançamento do livro no m|i|mo, como estive em 2020, logo antes da pandemia que tanto nos mudou a vida.

Além dos autores e de alguns fotógrafos participantes, esteve lá a Companhia Teatral Nem Marias Nem Manéis.

Menos

a vida arranha menos num abraço.

[isto também é sobre Gaza]

Varal fotográfico

Cada vez que venho a Portugal, aproveito ao máximo os encontros com os amigos.
Desta vez, para celebrar os projetos AISHA, com o Paulo Kellerman, e LATITUDES, com a Cristina Vicemte, organizamos, em parceria com esse espaço fantástico que é A Casa da Lídia, um varal / estendal fotográfico com fotografias dos dois projetos. Mais um motivo de encontros e afetos.
Inaugura no sábado, dia 31 de maio, às 16 horas, junto com a apresentação do livro Latitudes e ficará por lá à espera da visita de vocês.
Apareçam.

[flyer: Licínio Florêncio]