É com grande alegria que anuncio a publicação de GEOGRAFIAS CORPORAIS, livro com fotografias minhas e contos inéditos do querido amigo Paulo Kellerman.
Poderia dizer muitas coisas sobre o livro; sobre os 4 anos de trabalho intenso, sobre as idas e vindas até chegar a este momento. Ou sobre o quanto sou grata a cada um dos bailarinos da Pulsar Companhia de Dança e do grupo Te Encontro lá no Cacilda, por me receberem de braços abertos; ao Paulo, por embarcar comigo nesta aventura maravilhosa; ao Licínio Florêncio, ao Éder Ribeiro, à Alter Edições e à Pigma, por nos ajudarem a materializar este sonho.
Porém, o que sinto é que não há palavra capaz de traduzir a emoção que me vai cá dentro ao vê-lo no mundo. [sorrio]
APRESENTAÇÃO em breve!!
Já podem reservar / encomendar pelo email: [for orders] geografiascorporais@gmail.com
[ENGLISH VERSION AVAILABLE]
Geografias Corporais é um projeto desenvolvido em 2018 com a Pulsar Companhia de Dança o grupo de pesquisa sobre o movimento Te Encontro lá no Cacilda. Surgiu no âmbito de uma publicação acadêmica sobre arte, estética de resiliência, corpo, deficiência e as múltiplas corporeidades, com o intuito de questionar e desestabilizar a ideia de corpo normal como universal. O projeto tornou-se, ele mesmo, uma produção artística, entrelaçando fotografia e literatura. Ganhou corpo, infiltrou-se na pele, tomou conta de boa parte da vida durante quatro anos. Envolveu pessoas e afetos. Partes dele foram publicadas aqui e ali. E agora, torna-se do mundo. Por inteiro.
A Sonhadora é resultado de uma cumplicidade entre imagem e palavra, entre contadores de histórias. Às narrativas que são contadas pelo corpo e pelas fotografias, soma-se a que é contada pelo texto. Juntas, descortinam outro fios narrativos possíveis; instigam o leitor a mergulhar nas múltiplas camadas das imagens e do texto e a sonhar suas próprias histórias.
The Dreamer is the result of a complicity between image and word, between storytellers. In addition to the narratives that are told through the body and through the photographs, there is also what is told through the text. Together, they reveal other possible narrative threads; they instigate the readers/viewers to dive into the multiple layers of images and text and to dream their own stories.
E se o tempo for como um corredor? Estou aqui e olho lá para o fundo. Avanço. Tenho pressa, mas não quero chegar. Hesito. Ou quero chegar, mas não tenho pressa. Hesito. Preocupa-me que o tempo se esgote. Quando chegar lá ao fundo, terminará a viagem. O tempo. Porque tudo o que tenho é este corredor. Este tempo. Mas. E se quando chegar lá ao fundo, regressar aqui? Poderia navegar no corredor, daqui para lá e de lá para aqui. Não estaria a ultrapassar os limites do espaço (tempo), mas apenas a gerir o tempo (espaço) que tenho. E se.
What if time is like a hallway? I’m here and I’m looking at the end of the hallway. I come forward. I’m in a hurry, but I don’t want to arrive. I hesitate. Or I want to arrive, but I’m in no hurry. I hesitate. I worry that time is running out. When I reach the end, the journey will be over. Time will be over. Because all I have is this hallway. This time. But. What if when I get to the end, I come back here? I could navigate down the hallway, from here to there and from there to here. I would not be going beyond the limits of space (time), but just managing the time (space) that I have. What if.
Originalmente em português e agora bilíngue, reúne fotógrafos e escritores de mais de 20 países em torno de uma paixão comum: a cumplicidade entre palavras e imagens. Espaço de criatividade e afetos, o blog renova-se a cada dia pelo esforço de todos nós, colaboradores e leitores, que precisamos de arte para viver.