Teu corpo

Desvelar-te o caminho.
Chover em terra árida
E sermos mar
Por vir.
Semear o mundo
Com prazer.
Tomar-lhe o peito
Pulsar
E vir-nos.
Sermos a tempestade
E a quimera.
O leito
E o assunto.
O silêncio
E os beijos
À chuva.
Entranhar-nos
E humedecer
Nas dobras do calor
A que chamo
Teu corpo.

Jorge Vaz Dias

Deixe um comentário