
contágio



The dream-like atmosphere and the feminine in Yoshitaka Amano’s artwork have inspired me to create the series.
Contos ao pôr do sol com Pedro Oliveira | O Nariz Teatro

Apresentação do livro Para onde vai o tempo?
Edição: EAPN Portugal | Rede Europeia Anti-Pobreza


JaamZIN | November – December 2019


Tenho um mar revolto e intransponível dentro de mim.
“Do I dare disturb the universe?” (T.S. Eliot, The love song of J. Alfred Prufrock)

(Anathema | The beginning and the end)


Galeria Alternativa | Contagem, MG | Brasil
25 de julho a 14 de setembro de 2019




“De onde surgem os gritos, como nascem?”
Exposição Almas Desligadas
Textos | Paulo Kellerman
Fotos | Ana Gilbert
Moinho do Papel | Leiria, Portugal
Até 13 de junho de 2019
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Best of é o novo livro de Paulo Kellerman em parceria com a ilustradora Lisa Teles (Edição Escaravelho). São seis contos, seis gravuras, seis objetos. Palavras, texturas, traços, formas, cores. Materialidade que aguça os sentidos e a imaginação e provoca outras imagens, inúmeras, que se desdobram e convidam o leitor a continuar nelas (sim, porque os textos carreiam imagens), a explorá-las e a ir além.
O fio que une os textos e as imagens refere-se à busca de si, à consciência de si, ao susto da descoberta e à solidão intrínseca a esse processo. Os diálogos que acontecem entre o eu e o outro, um outro ao mesmo tempo externo e interno, revelam mundos separados, desencontros dolorosos, encontros às avessas, ânsia por intimidade e o medo dela. A angústia de ser quem se é convive com a busca pela liberdade de ser, de viver. As imagens e os textos nos fazem pensar em como nos percebemos ao sermos vistos por alguém, como nos mostramos, ou não, ao outro, como nos escondemos de nós; expectativas e decepções; anseios, vazios e obsessões; prazer. Tudo reunido e pensado num corpo, por vezes quase ausente (como se fosse possível), por vezes insuportavelmente presente.
Vazios (cheios de tanto!) que se disfarçam sob a forma de pensamentos, emoções, desejos, sonhos, fantasias; voláteis e impalpáveis como o ar, materiais e concretos como o ar. Silêncios que pesam e gritam para nós, sobre nós, que nos espantam com as suas vozes assustadoramente familiares. Olhares que preenchem, que atravessam, que pedem, que tocam. Que veem.
Sabemos que texto e imagem compõem ‘substâncias’ diferentes, e não são mera reprodução um do outro. As belas ilustrações criam narrativas autônomas que, se por um lado oferecem novos sentidos aos textos, por outro, comportam, elas próprias, outros fios narrativos possíveis. Somos delicadamente capturados e surpreendemo-nos a perguntar, a imaginar, a olhar por cada uma dessas janelas.
Textos e imagens instigam, questionam, desassossegam. Enchem os olhos de poesia. E de algo mais.
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“A luz mágica e serena do sol a entrar pelas janelas, iluminando as paredes, dando-lhes vida (mas para que precisavam as paredes de vida?).”
Texto | Paulo Kellerman
Até 31 de maio de 2019