
“Talvez o manancial esteja em mim.
Talvez de minha sombra,
fatais e ilusórios, surjam os dias.“
Jorge Luís Borges (Elogio da sombra, 2001)

“Talvez o manancial esteja em mim.
Talvez de minha sombra,
fatais e ilusórios, surjam os dias.“
Jorge Luís Borges (Elogio da sombra, 2001)

Pina Bausch | Desejo de presença

…ou o corpo da poesia


“Simples espera
daquilo que não se conhece
e, quando se conhece,
não se sabe o nome.”
Mia Couto [poemas escolhidos, 2016]

Cego é o que fecha os olhos
e não vê nada.
Pálpebras fechadas, vejo luz.
Como quem olha o sol de frente.
Uns chamam escuro
ao crepúsculo
de um sol interior.
Cego é quem só abre os olhos
quando a si mesmo se contempla.
Mia Couto [poemas escolhidos, 2016]



É sempre uma alegria estrear parceria no projeto FOTOGRAFAR PALAVRAS. Receber o texto, desdobrar algumas das múltiplas imagens que ele contém e coagulá-las em fotografias. Depois, descobrir a autoria ao ver a publicação.
Hoje, o autor parceiro é o Vinícius Dias.
……….
cadernos: palavras de plástico escritas nas asas dos sonhos
notebooks: plastic words written in the wings of dreams
Texto | Text: Vinícius Dias
Fotografia | Photography: Ana Gilbert
……….
Vale a pena lembrar que a exposição FOTOGRAFAR PALAVRAS pode ser visitada até 31 de outubro, no m|i|mo – museu da imagem em movimento, Leiria, Portugal.
Fotografar palavras, projeto criado e dinamizado pelo Paulo Kellerman. Sempre uma aventura poética. Diariamente, desde 2016.



existe sempre a hora do dia em que se fecha no seu casulo de luz.


“Há quem ocupe os lugares vagos, há quem ocupe o lugar que não existe.”
Francisco Resende (Tenham uma boa vida, 2018)

before dissolving


There is a crack, a crack in everything
That’s how the light gets in.
Leonard Cohen (Anthem)


“Mergulho. Mergulho mais fundo ainda e não encontro nada. E no entanto tu existes.”
Raul Brandão (Húmus)
“I dive in. I dive even deeper and find nothing. And yet you exist.”
(my translation)

quantas imagens um espelho pode guardar?


FIMFA Lx24 LA (NOUVELLE) RONDE, de Johanny Bert – Théâtre de la Romette (FR)
[memória de um ensaio]
Teatro São Luiz, Lisboa

“A escrita se faz naquilo que se perde. Ou: no que resta da perda. No excesso.”
Tatiana Salem Levy (Melhor não contar)

FIMFA Lx24 LA (NOUVELLE) RONDE, de Johanny Bert – Théâtre de la Romette (FR)
[memória de um ensaio]
Teatro São Luiz, Lisboa

Foto minha para o belo poema da Isabel Pires.
porque não me canso
da geometria do teu corpo?
why can’t I get enough
of the geometry of your body?
Texto | Text: Isabel Pires
Fotografia | Photography: Ana Gilbert
FOTOGRAFAR PALAVRAS, encontro entre fotografia e literatura. Dose diária de arte, criado em 2016 pelo Paulo Kellerman.
Para visitar e revisitar.

