
Prelúdio

it’s all about dancing
“sinto qualquer coisa extraordinária
quando nos desenhamos em desalinho
da pele alinhada com o coração”
Fotografar palavras, projeto do Paulo Kellerman e que sentimos como nosso. Dose diária de arte.
A parceria de hoje é com a querida Isabel Pires
“mas cada sílaba que nascia
trazia consigo uma maneira diferente e inútil
de te esquecer”
Alice Vieira (Os armários da noite)
das diferentes formas e substâncias
“Tu és o encoberto lado
da palavra que desnudo”
Mia Couto [poemas escolhidos]
“Pensar que a gente cessa é íngreme. Minha alegria ficou sem voz.”
Manoel de Barros (Livro sobre nada)
Recebi este abraço do Pedro Leal e do Tiago Martins. E respondi com este abraço escrito:
Abraço-te. As nossas pulsações conversam. Alinham-se. Aquietam-se. Sorrimos. Os olhos também sorriem. Porque mais do que tu e eu, este abraço nos faz ‘nós’. Porque existimos inteiros neste espaço que é o abraço. Porque o abraço é como uma casa onde se pode descansar.
#EscrevesmeUmAbraço, uma iniciativa linda do CRIF – Centro de Reabilitação e Integração de Fátima, Portugal
#28abraços28autores
“Agora, sente o toque da liberdade: no espírito, no pensamento, no corpo. Nunca lhe ocorrera antes que a liberdade pudesse ser apenas isso: leveza. Mas agora sabe.”
Fotografar palavras
Projeto e texto | Paulo Kellerman
Foto | Ana Gilbert
Do encontro e da cumplicidade entre palavras e imagens.
Um enorme obrigada ao Breve Leonardo por esta sintonia espontânea, delicada e bela.
sabe a poema inocente
o murmúrio de luz que
se inclina nas manhãs raras
estas – onde corpo ainda está aberto ao mundo – esta
onde o corpo acorda sereno,
não resiste.
por assim dizer,
a espessa álgebra do dia ainda não se fez sentir na rotina inquieta
da voz – como osso dormente e demais,
no corpo.
por assim dizer,
nesta manhã rara
as diminutas sílabas – soltas da palavra – ainda não ocupam espaço
como a pedra brisa
ou cinza vaga que
suspensos
sabem a poema. sabem
a luz ou poema – tão intacto
inocente.
A luz toca o espaço; derrama-se na pele.
Locação: Cidade das Artes, Rio de Janeiro
“Escrever só é bom se acontecer como quem fode.”
Fotografar palavras
Projeto | Paulo Kellerman
Texto | Joana M. Lopes
Foto | Ana Gilbert
“Nas luzes perdidas da cidade que começa a adormecer
Encontrei-me, subitamente, a despertar.”
Fotografar palavras
Projeto | Paulo Kellerman
Texto | Mariana Costa
Foto | Ana Gilbert