
anda como se ventasse






dançar é sempre um despir-se




“E te sonhei na imensidão da noite”
Hilda Hilst




Passei como uma
Brisa.
O vislumbre vibrou,
A pele teceu
Prazeres como as vestes
Que no outro
Despimos.
A bela poesia de Jorge Vaz Dias

“O que elas não entendiam é que eu precisava de tudo quanto conseguisse reunir para não me estatelar no nada.”
Andreia Azevedo Moreira (Augustine e os maus sentimentos)

Quando sopra o vento de Iansã…

Um dia aprenderei como seguir a luz.


que venham tempos criativos e floridos.


Escrever-te um poema pela linha do pescoço abaixo. Acertar pelo ângulo a 90º do teu ombro. Fazer latitude e viajar 100 milhas submarinas. Seres confins do universo e o leito do mar.
Tudo a partir da pele.
[a beleza da liberdade do vento das palavras. Poema de Jorge Vaz Dias]



Inspired by my photo The wanderings of light, Fred Fullerton wrote this beautiful poem, translated by me.
Meanderings of light
Light is protean
often fickle
as it wanders
exposing or hiding
playfully dancing
a ballet of motes
on rays of sunshine
among shadows
its beams bend
or refract
as through a prism
to project colors
on all illumined
seen or not
light in a person’s eyes
reflect their color
penetrating
like an x-ray
secrets of souls
from birth to death
…and then?
Meandros da luz
A luz é proteana
muitas vezes inconstante
enquanto vagueia
expondo ou escondendo
um balé de partículas
dançando alegramente
nos raios de sol
entre sombras
seus feixes dobram
ou refratam
como através de um prisma
para projetar cores
em todos os iluminados
vistos ou não
a luz nos olhos de uma pessoa
reflete sua cor
penetrando
como um raio-x
segredos de almas
desde o nascimento até a morte
… e depois?
Frederick Fullerton