
“… se me tivesses abraçado, se adivinhasses que um abraço era tudo o que desejava. Mas não adivinhaste. Não voltaste a tocar-me.”
Palavras: Paulo Kellerman (Diz-me o teu nome, pergunta-me o meu, Gastar palavras)

“… se me tivesses abraçado, se adivinhasses que um abraço era tudo o que desejava. Mas não adivinhaste. Não voltaste a tocar-me.”
Palavras: Paulo Kellerman (Diz-me o teu nome, pergunta-me o meu, Gastar palavras)

“Sinto a solidão na inteireza do corpo. Nas mãos o desamparo lê-se evidente.”

“Nunca tinha pensado que a solidão pudesse ser não uma ausência de tudo mas a saturação de presenças fantasmagóricas, de pensamentos solidificados, de imagens resplandecentes de cor e brilho e magnetismo.”

“Doce, aquela noite
em que te dançaste
sendo todas as cores do mundo.”
Projeto: Paulo Kellerman
Texto: José Alberto Vasco

“Não estou perdida, mas parece que não consigo encontrar-me.”


“As minhas personagens aparentam ser naturezas mortas, estáticas, inertes… Todavia, receio que a noite lhes permita ganhar vida e circular por esse mundo fora…”

“De onde surgem os gritos, como nascem?”
Fotografar palavras
Projeto e texto: Paulo Kellerman
Foto: Ana Gilbert
Palavras fotografadas, fotografias narradas…
“A vulnerabilidade de um peito que esconde um coração, um coração que esconde medos e desesperos insuspeitos para quem olha e apenas vê um peito, apesar de saber que algures há um coração.”
(Paulo Kellerman, Almas desligadas)

“Formam-se assim lentamente crostas: dentro de cada ser, como dentro das casas de granito salitroso, as paixões tecem na escuridão e no silêncio teias de escuridão e de silêncio.”
Texto: Raul Brandão (Húmus)
Paulo Kellerman escreveu o romance Serviços mínimos de felicidade. Escolhi e fotografei 27 excertos. A partir das fotos, o autor escreveu o conto Almas desligadas, que pode ser lido como um capítulo escondido do livro.
Palavras fotogradas, fotografias narradas.
O resultado: um ebook, que pode ser lido e baixado aqui.

“A pedra espera ainda dar flor.”
…
Texto: Raul Brandão (Húmus)

“Passou um minuto ou um século? Sobre o granito salitroso assenta outra camada denegrida, e as horas caem sobre a vila como gotas de água de uma clepsidra.”
…
Texto: Raul Brandão (Húmus)

“As esquinas de nossa cidade em que me aguardas a todo tempo deixaram de ser caminhos que se tocam. Lembras daquela brincadeira em que grudávamos tira sobre tira de papel com cola de água e farinha e criávamos cruzes, encruzilhadas, estrelas, raios de rotunda? Não. Não tens jeito de criança. Vi-te outro dia, nem cinco anos tinhas, jogando bolinhas de papel na contramão da escada rolante. O guarda brandiu o seu cassetete de borracha. Só querias ver se as bolinhas voltavam. Para ti.”
Projeto: Paulo Kellerman
Texto: Lorena Kim Richter


“O medo tem a minha altura. Tu me dirás se é grande.”
…
Projeto: Paulo Kellerman
Texto: Mónia Camacho
Foto: Ana Gilbert

“Diz-me como me sentes, dir-te-ei quem sou.”
…
Projeto: Paulo Kellerman
Texto: Elsa Margarida Rodrigues
Foto: Ana Gilbert