
Peace


Além







Borboletas farfalham meus olhos…
Livros, livros, livros…


“Nunca tinha pensado que o silêncio de uma casa pudesse ser tão monótono, tão escuro, tão desolador.”



“Formam-se assim lentamente crostas: dentro de cada ser, como dentro das casas de granito salitroso, as paixões tecem na escuridão e no silêncio teias de escuridão e de silêncio.”
Texto: Raul Brandão (Húmus)

“Passou um minuto ou um século? Sobre o granito salitroso assenta outra camada denegrida, e as horas caem sobre a vila como gotas de água de uma clepsidra.”
…
Texto: Raul Brandão (Húmus)

“As esquinas de nossa cidade em que me aguardas a todo tempo deixaram de ser caminhos que se tocam. Lembras daquela brincadeira em que grudávamos tira sobre tira de papel com cola de água e farinha e criávamos cruzes, encruzilhadas, estrelas, raios de rotunda? Não. Não tens jeito de criança. Vi-te outro dia, nem cinco anos tinhas, jogando bolinhas de papel na contramão da escada rolante. O guarda brandiu o seu cassetete de borracha. Só querias ver se as bolinhas voltavam. Para ti.”
Projeto: Paulo Kellerman
Texto: Lorena Kim Richter
Novo, de novo…
Primeiro azul do ano…

“Borboletas
“Junto palavras como se isso fosse fácil e inofensivo, conjugo-as formando devaneios e teorias inconsequentes, tal como uma professora estagiária de filosofia, falando sozinha em frente de um espelho decrépito num lúgubre quarto de pensão, ensaiando a sua primeira aula; e que sei eu de filosofia, afinal?”
…
Projeto e texto: Paulo Kellerman



