
“Mas não procures entender-me, faze-me apenas companhia.”
Clarice Lispector (A paixão segundo G.H.)

“Mas não procures entender-me, faze-me apenas companhia.”
Clarice Lispector (A paixão segundo G.H.)




“Por vezes, é necessário estar preso dentro de alguma coisa para nos sentirmos mais livres dentro dela.”
Sandrine Cordeiro, in Postas de pessoas
15º livro da Minimalista
Já podem encomendar no Brasil.
minimalista.editora@gmail.com

FIMFA Lx24: WAR MAKER, de Husam Abed | Dafa Puppet Theatre
Teatro São Luiz, Lisboa
Maio 2024


O Sol quando se põe, desce devagar e sem pressa, mas mais depressa do que quando nasce, a queda é sempre mais veloz.
The Sun, when it sets, descends slowly and without haste, yet swifter than when it rises; the fall is always faster.
Texto | Text: Sara Viscondessa
Fotografia | Photography: Ana Gilbert
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O nosso querido projeto FOTOGRAFAR PALAVRAS é uma criação do amigo Paulo Kellerman, que edifica diariamente (com muito trabalho e arte) esta moldura onde podemos existir com as nossas obras e as de outra(o)s artistas.
Desde 2016.
Visitem!


procuro-te em cada janela que respira.

Juramento
Hei-de aprender a fazer jardins
dentro dos meus olhos.
Cumprido
Colho as tuas flores de sol
dentro dos meus olhos.
Poemas de Joana M. Lopes, do livro Demolição (Ideia-Fixa, 2023)
Porque a dor, a morte, a ruína, o desespero, a falta também são feitos de beleza.

Melancholy
Voices and memories
linger among leaves
swaying in evening’s breeze
Yet fade as dusk descends
leaving silence in its wake
and a sense of loss
Nothing remains
as it once was
but what follows is fear.
A beautiful poem by Frederick Fullerton

“We kiss in slow motion.”
Anne Carson (Glass, Irony & God, 1995)

Quantos véus terei de despir para me descobrir inteira?

entrega. a dúvida que nos separa.
[parceria com Frankie Boy]



Toca-me como se fosse a primeira vez.

Teus olhos em
meu peito pousaram,
um dia.
Não fosse a distância
teu hálito novamente
recenderia,
aqui.
Luiz Ruffato

Não conheço a fronteira entre pele e liberdade.
Texto: Paulo Kellerman

Agora que já aqui
não estás, agora
que nunca
estiveste,
a saudade nova
entrelaça os dedos
nos dedos
da saudade antiga.
Juntos sob o lençol
de silêncio
imaculado e morno,
tecem o fino,
frágil manto
da memória.
Ana Marques (Poémica, 2016)

se a natureza seca, a aridez é nossa
se a floresta queima, queimamos nós
se o voo cessa, despencamos nós
morremos
lentamente
de vergonha
de tédio
de cansaço
petrificados
em agonia
insones
inertes
despedaçados
pelo horror
convencidos
de que não somos nós
