
beijos desperdiçados



“Nenhum poema é tão doloroso
que não possa ser dito.
Nenhum poema é tão doloroso
que não possa ser escrito.”
Gisela Casimiro (Giz, 2023)

“São tristes os poemas no Inverno mas tu sabes, sem saberes como, levar o meu corpo até à alegria, e até a minha rua se atreve no poema,
a minha rua insensata, rua inútil como palavra minha.”
Filipa Leal

”I said to my soul, be still, and wait without hope
For hope would be hope for the wrong thing; wait without love
For love would be love of the wrong thing; there is yet faith
But the faith and the love and the hope are all in the waiting.”
T.S.Eliot

“Dobrei uma esquina do tempo.
Encontrei-te à minha procura.”
Elsa Margarida Rodrigues (Entre Janelas, (2017)

“Time present and time past
Are both perhaps present in time future
And time future contained in time past.
If all time is eternally present
All time is unredeemable.”
T.S.Eliot

Asleep
she dreams
of a man
not the one
sleeping beside her
but one from her past
Asleep
he dreams
of a woman
not the one
sleeping beside him
but one from his past
How the dreams differ…
Hers more erotic
intensifying gradually
kiss by kiss
stroke for stroke
the climax
Iingers in shudders
His hotter
more desperate
stormier
as pounding surf
on a shingle beach
ends gasping
They speak little
during breakfast
no “How did you sleep?”
their dreams lie
as secrets hidden
in nights past.
Poem by Frederick Fullerton

“todos os dias uma
vez mais alguém inventa
o mundo e de súbito
vivemos”
valter hugo mãe (publicação da mortalidade, 2018)

“Talvez o manancial esteja em mim.
Talvez de minha sombra,
fatais e ilusórios, surjam os dias.“
Jorge Luís Borges (Elogio da sombra, 2001)

“Simples espera
daquilo que não se conhece
e, quando se conhece,
não se sabe o nome.”
Mia Couto [poemas escolhidos, 2016]

Cego é o que fecha os olhos
e não vê nada.
Pálpebras fechadas, vejo luz.
Como quem olha o sol de frente.
Uns chamam escuro
ao crepúsculo
de um sol interior.
Cego é quem só abre os olhos
quando a si mesmo se contempla.
Mia Couto [poemas escolhidos, 2016]



É sempre uma alegria estrear parceria no projeto FOTOGRAFAR PALAVRAS. Receber o texto, desdobrar algumas das múltiplas imagens que ele contém e coagulá-las em fotografias. Depois, descobrir a autoria ao ver a publicação.
Hoje, o autor parceiro é o Vinícius Dias.
……….
cadernos: palavras de plástico escritas nas asas dos sonhos
notebooks: plastic words written in the wings of dreams
Texto | Text: Vinícius Dias
Fotografia | Photography: Ana Gilbert
……….
Vale a pena lembrar que a exposição FOTOGRAFAR PALAVRAS pode ser visitada até 31 de outubro, no m|i|mo – museu da imagem em movimento, Leiria, Portugal.
Fotografar palavras, projeto criado e dinamizado pelo Paulo Kellerman. Sempre uma aventura poética. Diariamente, desde 2016.




A Liberdade amanheceu no Brasil :))
Acaba de chegar a nova antologia da Minimalista: LIBERDADE MINIMALISTA
17 autores, 17 olhares sobre a liberdade.
(conto, poesia, prosa poética, poesia visual)
Já podem encomendar:
minimalista.editora@gmail.com ou por aqui.
[distribuição local]
Design gráfico: Licínio Florêncio
Ilustrações: Maraia
Logotipo: Sónia Silva

E quando acabarem as perguntas? | And when the questions are over?
No blog Do pó dos dias infindáveis, por Cristina Vicente.
And when the questions are over? REIMAGINED
42 poems by Paulo Kellerman | 44 photographs by Ana Gilbert | 4 soundscapes by POROS







Do you feel what you see
Or do you just look?
And when the questions are over? REIMAGINED is the rewriting and reimagining by Ana Gilbert of the book of poems by Paulo Kellerman E quando acabarem as perguntas?, published in 2022.
42 poems by Paulo Kellerman
44 photographs by Ana Gilbert
4 poems (voice and original text in Portuguese) by Paulo Kellerman + Soundscapes by POROS (via QR Code)
Design | Licínio Florêncio
Print | Arte Ampliada
Handmade binding | Eliana Yukawa | Yume Ateliê & Design

“Mesmo a luz de Lisboa
precisa que reparem nela.”
Gisela Casimiro (Giz, 2023)



Leiria, Portugal