
“eu deixei a luz em
dias como este conheço o
olhar sem imagens dentro”
valter hugo mãe (publicação da mortalidade)
[detalhe de anos-luz, instalação de bia lessa – mam]

“eu deixei a luz em
dias como este conheço o
olhar sem imagens dentro”
valter hugo mãe (publicação da mortalidade)
[detalhe de anos-luz, instalação de bia lessa – mam]



“Vento que enviesa, que vinga da banda do mar.”
João Guimarães Rosa (Grande sertão: veredas)

“I lie suspended like a hair or a feather in the cloudy mixtures of memory.”
Lawrence Durrell (The Alexandria Quartet)

Ouves?

Thought of you as everything
I’ve had, but couldn’t keep
The Velvet Underground (Pale Blue Eyes)

O arrepio que percorre.





Aisha tem muitas vidas. Aisha permanece.
“Pai, achas que amanhã já há futuro?”
[do livro com Paulo Kellerman]

“O trem veloz chegou carregado das mais belas rosas do mundo. Mas você não veio.
Se isso acontecer outra vez estendo-me sobre os trilhos.”
excerto de carta de Nise da Silveira a Marco Lucchesi (in Viagem a Florença, de Marco Lucchesi, 2025)

“Antes longe era distante
Perto, só quando dava
Quando muito, ali defronte
E o horizonte acabava”
Gilberto Gil

What if the body heard everything the imagination thinks and creates? What if the body fulfilled everything that… Ah, what if…
Paulo Kellerman & Ana Gilbert | Portable link

“Estamos definitivamente sozinhos.”
Al Berto (O anjo mudo)

o medo que nos separa


Saiu no Jornal de Leiria,.. Palavra de honra
Obrigada, Ricardo Graça e Jornal de Leiria
[texto completo aqui]

O blog FOTOGRAFAR PALAVRAS comemora 9 anos neste mês de agosto.
Criado pelo querido amigo Paulo Kellerman e cuidado por tod@s nós, o projeto é uma casa artística que nos abriga e alimenta em tempos sombrios.
Espaço de resistência poética, o blog une fotógrafos e escritores no amor partilhado por palavras e imagens. É uma galeria de arte que nos oferece a oportunidade de contemplação silenciosa; um outro tempo, fora da volatilidade das redes.
Visitem; há muito o que ler e ver por lá.
A parceria de hoje na publicação # 5274 é com o Paulo:
Disse: o mundo está a desmoronar e ninguém o pode impedir. Disse: essa sensação de impotência é tão dolorosa. Disse: gostaria muito que alguém pudesse reverter as desgraças que vemos dia após dia. Disse: mas já não acredito mais que isso seja possível. Disse: o mundo está a morrer e ninguém pode fazer nada.
Respondi: então agora sabes como deus se sente desde que o mundo existe. Agora sabes como é ser deus. Gostas?
***
He said: the world is collapsing and no one can stop it. He said: this feeling of powerlessness is so painful. He said: I wish so much that someone could reverse this disgrace that we see day after day. He said: but I no longer believe it’s possible. He said: the world is dying and nobody can do anything about it.
I replied: so now you know how god has felt since the world existed. Now you know what it’s like to be god. Do you like it?
Texto | Text: Paulo Kellerman


com Paulo Kellerman | Portable link
Almas Desligadas (2018 | 2019)
Geografias Corporais (2022)
And when the questions are over? REIMAGINED (2024)
Aisha (2025)

Time is out of joint, diz Hamlet, na tragédia de William Shakespeare, ao saber do assassinato do rei, seu pai, pelo tio.
Time is out of joint, diz Paul B. Preciado, sobre o colapso do capitalismo petrossexorracial.
Time is out of joint, é o que diz cada célula do meu corpo quando olha o reflexo do mundo na superfície do sangue derramado.
[isto também é sobre Gaza]