
Bicho

Dizem que à noite o bicho vem
E vem.
Abre sua larga garganta e me expulsa do sono
Faz-me rondar pela noite insone,
palpitar angústia aguda
Encharca a cama com cheiro de morte
E os meus olhos vivos
enxergam finitude
Dizem que à noite o bicho vem
E vem.
Mas
às vezes
apenas se deita ao meu lado
e chora
por ser tão bicho assim.
Palavras: Lorena Richter

“Nunca tinha pensado que a solidão pudesse ser não uma ausência de tudo mas a saturação de presenças fantasmagóricas, de pensamentos solidificados, de imagens resplandecentes de cor e brilho e magnetismo.”

“Andávamos como pessoas com luzes acesas dentro. As palavras como lâmpadas na boca. Iluminando tudo no interior da cabeça.”
(Valter Hugo Mãe, A desumanização, p. 125)

Novo, de novo…
Primeiro azul do ano…

“Borboletas



