ESTREIA 16/09/2022

Foto: Ana Gilbert

20h, no canal YouTube da FUNARTE. Aqui

emConcretudes Primárias é um filme de dança inédito da Pulsar Cia de Dança em parceria com a Piloto Filmes. A sua criação teve como inspiração a luz, o estudo das cores primárias e as suas interferências/reverberações no movimento, na estrutura de cada um e no brincar com as partes do corpo que se articulam e se conectam. Em um jogo de luz, cores, texturas, superfícies, corpos e movimento se deu a construção da dramaturgia do trabalho. Como, também, na relação com a arquitetura de concreto da Cidade das Artes, espaço cênico da filmagem, onde se revelam espaços, formas e luminosidades, os quais ampliam a percepção e o afetar-se com esse entorno.

FICHA TÉCNICA
Direção: Maria Teresa Taquechel y Saiz e Patrick Zeiger
Composição Coreográfica: Maria Teresa Taquechel y Saiz
Intérpretes criadores: Andréa Chiesorin, Gabriela Jung, Luciano Martins, Maria Teresa Taquechel, Matheus Trindade, Paula Mori, Rachel Canella, Raphael Arah, Victor Pesant e Yuri Fróes de Lima
Assistência de Direção: Raphael Arah
Direção de Fotografia e Câmera: Tomás Camargo
Roteiro: Maria Teresa Taquechel y Saiz, Patrick Zeiger e Victor Pesant
Montagem e Câmera: Patrick Zeiger
Producão: Paula Mori
Som Direto, Desenho Sonoro e Mixagem: João Marcelo Heinz
Trilha Sonora: João Marcelo Heinz e Orlando Massiere
Artista e Intérprete criadora convidada: Gabriela Gonçalves
Consultoria de Figurino: Dréa Nunes
Figurino: Pulsar Cia. de Dança
Visagismo: Bruno Alsiv
Videografismo: João Vilhena
Fotografia Still e Making of: Ana Gilbert
Arte Gráfica e Divulgação: Gabriela Jung
Assistência de Câmera: Coelho Light
Pesquisa em Conteúdos Acessíveis
Direção de Acessibilidade
: Andréa Chiesorin
Roteiro de Áudiodescrição: Andréa Chiesorin e Raphael Arah
Supervisão de Roteiro: Adriana Urpia – A))Darte Acessibilidade Cultural
Consultora de Audiodescrição em Dança: Moira Braga
Intérprete de Libras: Karol Lopes
Poema Sinalizado e Narração: Gabriela Gonçalves
Legendagem: Sérgio Nunes – AD))arte Acessibilidade Cultural
Narração de Audiodescrição
: Adriana Urpia, Gabriela Jung e Raphael Arah
Colaboração de Roteiro de Audiodescrição: Ana Gilbert, Gabriela Jung, Gabriela Gonçalves, Maria Teresa Taquechel e Paula Mori
Gravação e Edição de Audiodescrição: Sérgio Nunes – AD))arte Acessibilidade Cultural e
Maurício Gaetani – Maestro Áudio
Núcleo de Pesquisa de Conteúdos Acessíveis em Dramaturgia do Movimento – Escola e Faculdade Angel Vianna e Pulsar Cia de Dança: Andréa Chiesorin, Maria Teresa Taquechel, Moira Braga e Raphael Arah
Produção Administrativa e Financeira: Lucimar Gonçalves
Assistência de Produção: Carol Lemos e Christian Woldmar Cunha
Administração do Projeto: Piloto Filmes
Coordenação Geral: Maria Teresa Taquechel y Saiz

Embodied narratives

Foto-colagem I: Pulsar Companhia de Dança
Foto-colagem II: Pulsar Companhia de Dança
Foto-colagem III: Te Encontro Lá no Cacilda
Foto-colagem IV: Te Encontro Lá no Cacilda

LIVRO: Art and Activism in the Age of Systemic Crisis: Aesthetic Resilience

Em 2018, recebi um convite da pesquisadora Marijke de Valck, da Utrecht University, para participar de uma publicação acadêmica sobre arte, ativismo e estética de resiliência em tempos de crise sistêmica, com um texto sobre deficiência.
Assim nasceu o projeto fotográfico Geografias Corporais, realizado com a Pulsar Companhia de Dança e o grupo de pesquisa sobre movimento Te Encontro Lá no Cacilda.
O projeto, desafiador e fascinante, desenvolveu-se em dois caminhos complementares entre si: um ensaio fotográfico-literário, com textos inéditos de Paulo Kellerman, publicado (apenas parte do material) no periódico brasileiro Interface – Comunicação, Saúde e Educação; e um ensaio teórico-fotográfico, o capítulo 14 desta publicação: Embodied narratives: dance, corporeality, and creative processes.

O livro Art and Activism in the Age of Systemic Crisis: Aesthetic Resilience já está disponível para venda, nos formatos Kindle e hardcover aqui:

“This book will be of interest to scholars in contemporary art, history of art, film and literary studies, protest movements, and social movements.”

Sobre o capítulo:
“The focus of this chapter is to discuss an artistic experience with disability in the realm of dance. To do so, I made a photo essay with Pulsar, a Brazilian dance company, composed of dancers with normative and non-normative bodies, whose artistic proposal is to create a dialogue between spectators and different corporealities, and a research group on movement based on dance as an extension of Pulsar, named Te encontro lá no Cacilda, composed of participants with different disabilities. This chapter and its photo collages are based on the collaborative exhibition “Corporeal Geographies” which involves photography, literature and dance. Using the images as a material basis for the discussion, I explored some ideas concerning the embodied narratives performed by the dancers and captured by my camera, and the role of art in considering disability as part of human variability and as a form of resistance to understand disability within a normality frame. The embodied narratives point to creative processes that evoke an aesthetic resilience to politically reaffirm difference and multiplicity in contemporary artistic scenario.”

Geografias corporais | Ensaio

Academia e arte. Brasil e Portugal. Dança, fotografia e literatura. Diálogos em torno de múltiplas corporeidades.

Projeto com o grupo de pesquisa sobre movimento Te encontro lá no Cacilda / Pulsar Cia. de Dança | Teatro Cacilda Becker, Rio de Janeiro, Brasil.

Geografias corporais: dança, corpo e deficiência | Ana Gilbert e Paulo Kellerman

Revista Interface – Comunicação, Saúde, Educação | Seção Criação

Biblioteca SciELO Brasil e SciELO Saúde Pública

(Foto: Ana Gilbert)

“Entro na sala e sorrio. Digo: Oi. Depois digo: Tudo bem? E continuo a sorrir.
(Penso: Sorrir será a melhor forma de espera, de adiamento, de suspensão?)
Olha-me e sorri. Levanta-se, aproxima-se lentamente. Depois, abraça-me.
Sinto estranheza. Não é fácil receber o abraço de uma pessoa desconhecida. Não é fácil abraçar uma pessoa desconhecida. Mas correspondo.
Foi assim que nos conhecemos. Apenas mais tarde percebi que abraçar é uma forma de comunicar; como se o abraço fosse voz, e cada abraço tivesse uma tonalidade específica. Tal como cada palavra pode ser dita com um timbre diferente.
Não o ouvi falar. Mas conheço a sua voz.”

(Paulo Kellerman)