


Paula Mori e Mateus Trindade


Caminha na minha direcção, mas não
me vê; agita a mão, mexe os dedos como
se tentasse agarrar o ar. Apesar do seu
comportamento peculiar, a expressão é
pacífica, a postura é tranquila.
Pergunto: Tentas pegar o ar com a mão?
Sorri. Responde: Não, tento agarrar o
amor.
Passa por mim e afasta-se, conduzido
pelo seu sorriso; e assim desapareço da
sua vida. Nem memória serei.
Vejo como se afasta, vejo como
desaparece; e enquanto vejo, pergunto:
será que já não existe amor em mim?
***
She walks in my direction, but does not see me; she agitates her hand, moves her fingers as if trying to grab the air. In spite of her peculiar behaviour, her expression is pacific, her posture is calm.
I ask: Are you trying to catch the air with your hand?
She smiles. And answers me back: No, I am trying to grab love.
She passes by and walks away, lead by her smile; and then I disappear from her life. I will not be even a memory.
I see how she walks away, I see how she disappears; and as I watch her, I ask myself: Is there no longer love in me?
photographs by Ana Gilbert
text by Paulo Kellerman
[in Geografias Corporais, Alter Edições, 2022]







Preparações, alinhamentos, trocas, presença.
COSMOFOBIA, espetáculo de Márcio Cunha e o Grupo de Pesquisa e Criação















‘Passar música’ é uma arte que o Jorge VAz Dias domina com perfeição. Desde o aquecimento do ambiente, momento em que as pessoas estão entretidas nas conversas em pequenos grupos, até o ápice onde os corpos conversam na pista de dança, num contágio mútuo, levados pela energia incrível do Jorge.
Um obrigada gigante ao @djcut_s por essa noite e pela generosidade em se deixar fotografar. E ao @osfilipesbar, por ser espaço de materialização dessa força coletiva.

Parceria nova no FOTOGRAFAR PALAVRAS: Cristiana Ribeiro | Publicação # 5029
Dança, que o corpo descongela, o coração aquece e a alma reencontra-se.
Dance, and the body will unfreeze, the heart will warm up and the soul will find itself again.
Fotografar palavras, projeto do Paulo Kellerman e de todos nós. Uma casa onde cabem muitos afetos e encontros. E é assim desde 2016.

Das coisas bonitas deste ano: fotografar o espetáculo COSMOFOBIA, com o Grupo de Pesquisa e Criação e Marcio Cunha



Pina Bausch | Desejo de presença


Magazine for Contemporary Photography


“O que apreende aquele que olha os movimentos não significativos do bailarino?”
José Gil

dançar é sempre um despir-se





O tempo da imaginação não é real?

[releituras | reinterpretations. Pina Bausch]


[releituras | reinterpretations. Pina Bausch]