



com Frankie Boy

“Ama-me. Embora eu te pareça
Demasiado intensa. E de aspereza.
E transitória se tu me repensas.”
Hilda Hilst (II, Júbilo, memória, noviciado da paixão)






Um obrigada imenso por este belo encontro e bordado conjunto.
EMBRACE apresenta:
EPISÓDIO 2
As Pontes de Pele
Artistas Convidadas
Palavras (poesia) : Cristina Vicente
Fotografia: Ana Gilbert
Arte (ilustração / pintura) : Isabel Avó
.
Curadoras
Mónica Brito & Elsa Martins
The Embrace [others]

“No real da vida, as coisas acabam com menos formato, nem acabam.”
João Guimarães Rosa (Grande sertão: veredas)


já há um relâmpago ao
invés do homem
que combate à noite
a tua ausência
Valter Hugo Mãe (publicação da mortalidade)

tocar a pele infinita e intemporal da imagem.
O livro And when the questions are over? REIMAGINED está esgotado.
Os poemas na voz do autor, Paulo Kellerman, os ambientes sonoros do POROS e as minhas fotos foram reunidos em quatro vídeos.




Paulo Kellerman | Paulo Vicente Poros | Ana Gilbert



“O meu nome é essa cicatriz
que insistes que sabes ler
só porque a fizeste.”
[My name is that scar
you insist you know how to read
just because you made it.]
Gisela Casimiro (Giz)

“As imagems poéticas têm, também elas, uma matéria.”
Gaston Bachelard (A água e os sonhos)

Aquilo de que ele mais gosta nela, para ser honesto, é do peito, em especial dos mamilos rígidos e castanhos, que saboreia devagar nas tardes cinzentas de Outono. Mas quando ela pergunta, sempre depois de ele dizer que a ama, de que mais gosta nela, ele responde invariavelmente: da tua personalidade. E ela sorri, agradecida.
*****
What he likes most about her, to be honest, is her breasts—especially her firm, brownish nipples, which he savours slowly on gray autumn afternoons. But when she asks, always after he tells her he loves her, what he likes most about her, he invariably replies: your personality. And she smiles, grateful.

existe sempre a hora do dia em que se fecha no seu casulo de luz.
[there is always a time of day when she retreats into her cocoon of light.]

Qual o ‘eu’ que conta esta história?


“Perco a consciência, mas não importa, encontro a maior serenidade na alucinação.”
Clarice Lispector (Perto do coração selvagem)