Aisha

Aisha
Uma pequena caixa contendo memórias de uma menina e seu pai.
Aisha
Uma pequena caixa que poderia ter sido encontrada entre os escombros de um edifício bombardeado durante uma guerra.
Aisha
Um grito mudo diante do horror da guerra.

——-

Aisha
A small box containing memories of a girl and her father.
Aisha
A small box that could have been found among the rubble of a bombed building during a war.
Aisha
A silent cry in the face of the horrors of war.

(Bilingual edition)

23 textos | texts, 23 fotografias | photographs
Paulo Kellerman & Ana Gilbert | Portable link

ilustração flor | flower illustration: Maraia
design: Licinio Florêncio
caixa artesanal | handmade box: Yume Ateliê & Design

Exemplares prontos para cruzar o Atlântico.
Copies ready to cross the Atlantic.

A borra

“Prefiro as palavras obscuras que moram nos 
fundos de uma cozinha – tipo borra, latas, cisco 
Do que as palavras que moram nos sodalícios – 
tipo excelência, conspícuo, majestade. 
Também os meus alter egos são todos borra, 
ciscos, pobres-diabos 
Que poderiam morar nos fundos de uma cozinha – tipo Bola Sete, Mário Pega Sapo, Maria Pelego Preto etc. 
Todos bêbedos ou bocós. 
E todos condizentes com andrajos. 
Um dia alguém me sugeriu que adotasse um 
alter ego respeitável – tipo um príncipe, um 
almirante, um senador. 
Eu perguntei: 
Mas quem ficará com os meus abismos se os 
pobres-diabos não ficarem?”

Palavras | Manoel de Barros (Ensaios fotográficos)