
Penetrar-te em olhares e sabores.
[o belo poema do Jorge VAz Dias]

com Jorge VAz Dias

Texto do Jorge VAz Dias sobre AISHA, no Jornal de Leiria.
Obrigada, poeta, por mais esta vida de Aisha.
AISHA, colaboração com Paulo Kellerman | Portable Link

Texto do Jorge VAz Dias sobre o nosso LATITUDES, para o Jornal de Leiria.
Viste (e sentiste) o que está lá para ser descoberto. Obrigada, amigo poeta.
Texto completo aqui.

Se fosse aguaceiro
Caía em ti como pena
Como cena de filme.
Como película
Que desvenda
Sopros no peito.
Leitos.
*
If I were a downpour
I’d fall on you like a feather
Like a scene from a movie.
Like a film
Unveiling
Breaths in the chest.
Reposes.
Poema| poem: Jorge VAz Dias

Na publicação # 4999 do Fotografar palavras, a parceria é com o querido Jorge VAz Dias.
Há sempre alguma solidão
Em quartos de hotel
Tal como um prenúncio
De escandaleira.
Há quem se suicide
Neles
E há que morra por segundos
Por prazer.
There is always a certain loneliness
In hotel rooms
Like a prelude
To scandal.
Some people commit suicide
There
And some die for seconds
For pleasure.
Texto | Text: Jorge VAz Dias
Fotografar palavras, projeto bonito do Paulo Kellerman. Nossa casa poética; lugar de encontros e afetos. Desde 2016.

Ser alma gentil com fogo nas asas.
Palavras | words: Jorge VAz Dias

“Leva-me pela mão e o vento irá.”
[o belo poema de Jorge VAz Dias]


Escrever-te um poema pela linha do pescoço abaixo. Acertar pelo ângulo a 90º do teu ombro. Fazer latitude e viajar 100 milhas submarinas. Seres confins do universo e o leito do mar.
Tudo a partir da pele.
[a beleza da liberdade do vento das palavras. Poema de Jorge Vaz Dias]

Com ternos contornos.
Com tudo e quase tudo
Convergimos em não
Convencionar.
Desarranjar como quem
Desnuda.
Convidar.
Com vida e ar.
Com penetrar.
Como não?
Contornar em duplo
Movimento
Como dupla
De bailarinos sobre
O gelo.
O que arde,
Por dentro,
Por entre…
Confidente.
Com amante.
Concordante
Movimento.
Com terno
Contorno.
Contornos.

Vem lentamente o sono
Premeditando o sonho.
O sonho que filma
O desejo.
O desejo que alimenta
O futuro.
A vida que é o teu fruto
E o mundo ser
A terra onde a árvore
Cresce, sendo esse futuro.
Lentamente nos encontramos
Na natureza de assim sermos.
Basta tornares-te
Para a luz.
Eu estarei no beijo,
Essa brisa que faz
Tilintar os ramos
As folhas e as raízes.
Amaciar também a pele
Do fruto.
Enquanto teço
Este desejo me pergunto:
E não basta isto tudo
Para nos termos
Para sempre?
Jorge Vaz Dias [@livre_no_vento_das_palavras]

Desvelar-te o caminho.
Chover em terra árida
E sermos mar
Por vir.
Semear o mundo
Com prazer.
Tomar-lhe o peito
Pulsar
E vir-nos.
Sermos a tempestade
E a quimera.
O leito
E o assunto.
O silêncio
E os beijos
À chuva.
Entranhar-nos
E humedecer
Nas dobras do calor
A que chamo
Teu corpo.